quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O lixo da inovação tecnológica

lixo eletrônico

Junto com a praticidade, conforto e dinamismo que acompanham os computadores, celulares, GPS e televisores, surgiu o lixo gerado a partir destes equipamentos. Com uma vida útil de cerca de cinco anos, é inadmissível o acúmulo destes materiais na natureza.

O fato é que a dúvida sobre o que fazer com o aparelho eletrônico que já não desperta mais interesse de seu proprietário paira sobre a sociedade. Por outro lado, sem informações dos perigos dos componentes químicos existentes nestes equipamentos e a maneira correta de descartá-los, muitos aparelhos eletroeletrônicos já foram — e continuam sendo — despejados nos aterros sanitários comuns, ameaçando o solo, que já não se encontra em boas condições nestes lugares.

Faz-se necessário que governantes e fabricantes intercedam o quanto antes para que a situação não se transforme em um problema insolúvel. Por ano são gerados 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico, conforme informação divulgada pelo Greenpeace. A quantidade representa 5% de todo o lixo produzido pela humanidade.

Entretanto, a estimativa é que esse número aumente exponencialmente nos próximos anos. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2008, foram vendidos mais de sete milhões de computadores no Brasil. Para este ano, a expectativa é que atinja 8,5 milhões.

Estimulados pelo surgimento constante de aparelhos com funções cada vez mais sofisticadas e abrangentes, consumidores trocam celulares e computadores com muita frequencia. Verifica-se que as inovações tecnológicas — positivas, por outro lado, vale citar — são também as grandes causadoras deste consumismo eletrônico desenfreado e a consequente — e por que não dizer excessiva — produção de material que se tornará lixo no futuro breve.

Recentemente, o governo de São Paulo sancionou a Lei 13.576/09, que institui como obrigação dos fabricantes, importadores e comerciantes as responsabilidades sobre a reciclagem, gerenciamento e destinação final dos detritos eletrônicos. A medida, que tem como objetivo atenuar os prejuízos ambientais para a sociedade, é muito importante, mas é ainda um passo pequeno perto do que precisa ser feito. Inicialmente, para resultados significantes, a iniciativa deveria ser estendida para todo o País o quanto antes. Precisamos ser consequentes e evitar uma calamidade pública irreparável.

As chamadas nações de primeiro mundo têm se aproveitado da impotência de países mais pobres para enviar e descartar seus lixos – o caso recente no Rio Grande do Sul não foi único. Esse tipo de atitude é inaceitável em um momento em que todos devem praticar medidas para amenizar os impactos ambientais.

Diante deste cenário, torna-se imprescindível que os governos, empresas e população tomem iniciativas mais drásticas — inclusive de comportamento - e criem alternativas para diminuir a ação destes detritos eletrônicos nas nossas vidas e das próximas gerações.

http://www.revistaecotour.com.br/novo/home/default.asp?tipo=noticia&id=2876

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Aquecimento global

Todos os dias acompanhamos na televisão, nos jornais e revistas as catástrofes climáticas e as mudanças que estão ocorrendo, rapidamente, no clima mundial. Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devastadores como tem ocorrido nos últimos anos.


A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.

Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.

O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.

Conseqüências do aquecimento global



Poluição atmosférica: principal causa do aquecimento global


  • Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
  • Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;


  • Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;

  • Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.


Protocolo de Kyoto

Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.

Conferência de Bali

 Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.
  Conferência de Copenhague (COP-15)

 A 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima foi realizada entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009, na cidade de Copenhague (Dinamarca). A Conferência Climática reuniu os líderes de centenas de países do mundo, com o objetivo de tomarem medidas para evitar as mudanças climáticas e o aquecimento global. A conferência terminou com um sentimento geral de fracasso, pois poucas medidas práticas foram tomadas. Isto ocorreu, pois houve conflitos de interesses entre os países ricos, principalmente Estados Unidos e União Européia, e os que estão em processo de desenvolvimento (principalmente Brasil, Índia, China e África do Sul).

De última hora, um documento, sem valor jurídico, foi elaborado visando à redução de gases do efeito estufa em até 80% até o ano de 2050. Houve também a intenção de liberação de até 100 bilhões de dólares para serem investidos em meio ambiente, até o ano de 2020. Os países também deverão fazer medições de gases do efeito estufa a cada dois anos, emitindo relatórios para a comunidade internacional.

http://www.suapesquisa.com/geografia/aquecimento_global.htm

Até quando podemos ser responsabilizados pelas catástrofes que estão acontecendo?